sexta-feira, 10 de outubro de 2008

É Cirio

O ano de 2008, marcado por eleições municipais, crise econômica por conta do subprime no EUA, uma crise com precedentes que atinge, agora, a Europa e a Ásia, tende naturalmente a se estender em direção aos emergentes do BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China, o que é uma lástima, frente as possibilidades de desenvolvimento que todos tanto almejam.
Belém fervilha num burburinho sem fim entre tantas festas, circulação de pessoas vindas do interior do Estado e de outros locais do mundo à fora. Romeiros trazendo o almoço do Círio em paneiros, o coitado do patinho, bonitinho, dócil que foi cevado ao longo de alguns anos, nem imagina que a panela com tucupi e jambu o esperam a ser servido como prato principal numa mesa em que todos se congrasçam num ritmo de fraternidade só vista em períodos natalinos.
Belém tem disso, poucas capitais no país expressam tanto a alma humana em torno de sua cultura que é um misto das suas raízes oriundas na mística da floresta em meio à alma indígena, as raízes negras da alma africana, e, por fim o misto caboclo que tempera tudo isso com a alma ribeirinha em sabores inusitados, exóticos, comestíveis, repletos de olores que deixam marcas em qualquer um que experimenta à primeira vez e muito mais aos que por aqui passaram.
A quadra dedicada a Virgem Maria, agrega a todos numa irmandade sem igual, o tratamento entre paraenses é sublime em cordialidade, é o mano dirigido aos seus numa forma acarinhada de tratar o outro com respeito e muito amor pela pessoa humana, nessa época então, o Feliz Círio traduz-se como os desejo de um ano novo melhor, mais alegre e feliz, de paz e muito amor e que nossa região seja reconhecida e encontre o caminho que todos tanto sonham, de simplicidade, de honestidade por parte dos governantes, de ação do Estado em favor dos seus cidadãos e o mais em torno da paz em meio a tanta violência.

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