Este ano de 2011 comemora-se os 140 anos de atividade do Instituto de Educação do Pará - IEP, que no século XX, ganhou o Estadual no nome para, então, ser chamado de IEEP - Instituto de Educação Estadual do Pará.
Há um século localizado na confluência da Rua Gama Abreu com a Av. Serzedelo Correa, entre os bairros da Campina e Nazaré, onde gerações passaram pelas salas de aulas e foram testemunhas das transformações que viram acontecer no Pará, no Brasil e no mundo, sendo também parte dessa história.
Atribulações sempre existiram, mas nunca antes na história do IEEP se viu tantos desmazelos, tantos descasos, tantos infortúnios, caos e desesperanças para com sua condição precípua, a educação, jogada à míngua entre os vários (des)governos que chegam ao poder e alocam apenas discurso, exceto naquilo que realmente interessa, os recursos reais para as instalações funcionarem sem atropelos nem remendos, condições de trabalho para os professores e salários dignos para os que labutam, laboratórios reais e não fictícios, de propaganda, quando sabe-se que eles não existem ou não funcionam, pois sempre falta o básico, enfim, se quer esporte, arte, diversão, balé, se quer um IEEP vivo para vários séculos a frente, sempre pela educação.
Não há muita coisa a se comemorar, esse ano não sabemos nem se a escola vai realmente voltar a funcionar, pois há anos se ensaia a saída dali daquele prédio para a instalação dum órgão público, tal como aconteceu com o Lauro Sodré, quando deixaram o prédio cair para depois destiná-lo ao Tribunal de Justiça do estado do Pará, só então voltou a ser o primor de arquitetura.
A realidade as vezes tende a piorar, se confirmando a "Lei de Gerson", não querendo ser tão pessimista, mas paira sobre a história do IEEP uma nuvem de desesperança no amanhã, no futuro que talvez nunca virá, em que só quem viver verá! Talvez daqui há algumas décadas a educação algo de valor para a sociedade.
Professor Kleber Duarte.
Um comentário:
Realmente tudo que você falou e verdade.
Estudei nos anos de 2005 a 2007 e sempre ouvi falar sobre a saída daquele local, sempre fui defensor da história acredito que temos de ter o dever de cuidar da nossa história.
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