quarta-feira, 26 de novembro de 2008

2008 chegando ao fim.

O tempo passa, o tempo voa. Dizia o jingle daquele banco de um ex-ministro da agricultura que quase falido foi incorporado por um gigante estrangeiro do setor. Quanto ao tempo, ele realmente passa rapidamente numa sensação de que voou e algo ficou pra trás, foram-se as lutas, as palavras levadas ao vento, o pleito não atendido, o sorriso registrado nas fotografias dos momentos felizes, foi-se, mas nem tudo está numa boa.
Nossas lutas pareceram inglórias. Uma eleição findou e nada mudou, a governadora faz cara de boa moça, foi até a China de carona realizar acordos sobre sei lá o quê? Voltou linda, bela e loura, digo, quase loura, e, nada mudou.
Dia 19 ultimo saiu mais uma lista de funcionários contratados que foram destratados às vésperas do ano novo, sem chamarem os aprovados no concurso para suprir-lhes as vagas, sabe o que os destratados receberam? Nada, nem um muito obrigado pelos serviços prestados ao Estado, e, o seu natal e réveillon serão cheio de melancolias, 13º. então?
Ah, ta! Nada disso, contratado não tem direito a nada, estão num vazio jurídico que nem o Supremo Tribunal Federal define sobre sua condição de explorados. Receberam ao final do ano um belo chute no traseiro e durmam com essa lembrança do melhor da política da terra de direitos.
O tempo passa, o tempo voa e só os agregados do governo continuam numa boa. No Hangar, que agora querem até mudar de nome, é evento sobre educação de toda ordem pra todo lado, dia sim, dia não, e haja dinheiro pra pagar lanches, almoços, transportes de gente de tudo quanto é canto, camisas, sacolas dos eventos, material de divulgação e outros badulaques. Enquanto isso na vida real, nas escolas há escassez de tudo, aliás, não há nada, quem precisa ministrar aulas precisa comprar seus pincéis, se não? Ora? Fica por isso mesmo.
Gostaria de ver um balanço contábil da Seduc publicado com as descrições de cada tostão gastos pela mesma. Queria saber para que servem os Tribunais de Contas? Só para cabide de empregos onde lotam desocupados após cada eleição são conduzidos pra ficar lá sentado, engordando e não fazendo absolutamente nada. Grande contribuição essas de Serzedelo Correa. Égua! De última.
Enquanto isso o Sintepp, o sindicato panema, diz que está numa mesa de negociação com o governo em que não tem negociação. A última veio do sindicato das pedagogas que jogou água no tucupi dos professores na votação sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários na Assembléia Legislativa e nada mudou, enquanto isso o tempo passa, o tempo voa e nada continua numa boa.

Um comentário:

Sônia disse...

Oi colega parabéns pelo o artigo como sempre você sabe muito bem expressar a triste realidade que vivemos e a conivência da justiça com as arbitrariedades praticadas pelo Estado, imaginas se fosse uma empresa privada que não tivesse pago o 13º salário onde estaria o empresário???.. Abraços Sônia