sexta-feira, 21 de novembro de 2008

MP 446

A Medida Provisória 446 traz a velhacaria do exercício do poder a sua máxima plenitude em graçar na cara dos cidadãos comuns, trabalhador, extorquidos pelos inúmeros impostos abusivos que lhe são enfiados goela abaixo através de ardis dos escroques da pior escória duma sociedade formada por ladrões, que só tem a sua frente os interesses pela roubalheira.

Entidades filantrópicas no Brasil traduziram-se na melhor maneira de desviar verbas públicas. São inúmeras as entidades patrocinadas por deputados e senadores com a pecha de utilidade pública ou, ainda, de fundação, mas que na realidade servem para mascarar os ganhos exorbitantes advindos com os lances com as empreiteiras que não podem aparecer para o fisco.

Todos conhecem essas e outras inúmeras traquinagens contra os cofres públicos, para isso existem advogados tributaristas e contadores especialistas em cavar brechas na lei. Estariam certos? Lógico que não. Eu, como cidadão comum, assalariado, enquanto funcionário público sou expropriado, pela voracidade dos impostos, em meus parcos rendimentos.

As filantrópicas sérias merecem a atenção do Estado, e, este com sua mão “amiga”, fazer chegar os suprimentos a que necessitam. Ocorre que muitos dos seus gestores se arvoram em se locupletar do pouco dinheirinho destinado aos nascituros e às mães carentes, por exemplo.

Lembram dos mais de duzentos bebes mortos ao longo dos últimos doze meses na Santa Casa de Misericórdia do Pará? Tal situação só ocorreu por conta do desvio de função da verba destinada aos programas públicos naquela área no âmbito estadual, coisa de uns trinta milhões de reais desviados, segundo apurou a Comissão Mista do Congresso. Alguém foi preso? Com essas (in) justiças que temos no Brasil? Nunca serão.

Agora daí acreditar que através de MP se possa tirar as “pilantrópicas” do caos da exploração das veias do Estado? É no mínimo acreditar que a população ainda come barro por que gosta, ou, que a venta está voltada para cima, nem tão pouco resolverá seus problemas de má administração. O erro está na falta de vergonha dos que acreditam que por não constar na lei não precisa de moralidade para com o que é público.

A aprovação representará a morte da decência, a vitória da canalhice. Os biltres fazem troça, riem sorrateiramente pelo canto da boca, da cara dos honestos, dos que morrem À míngua a espera de comida desta pátria que há décadas está nas mãos de quadrilhas que se revezam e brincam de pira com a boa vontade da população. Infelizmente é o Brasil que temos.

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